2017

2º Santos Film Fest homenageou atores Luciano Quirino, Ondina Clais e refletiu momento cultural

O Festival de cinema abordou o tema “Cultura faz bem” e contou com mais de vinte longas-metragens, curtas, debates com cineastas, exposições, virada cinematográfica e oficinas formativas.

Com os objetivos de promover o cinema enquanto agente reflexivo e formador de cidadãos, cultural, educativo e turístico, o resgate histórico, valorização do cinema nacional, formar público e contribuir para que Santos se torne cada vez mais referência no segmento, o 2º Santos Film Fest – Festival de Filmes de Santos ocorreu entre 17 e 23 de outubro de 2017.

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Foram 34 filmes exibidos (29 longas-metragens e 5 curtas, sendo vários inéditos na região, triplicando a grade de 2016), em mostra sem caráter competitivo, debates, oficinas formativas, apresentações musicais e exposições. O festival aconteceu em nove espaços da cidade – Cine Roxy 5, Cine Roxy 4, Cinemateca de Santos, Pinacoteca Benedicto Calixto, Instituto Arte no Dique, Unimonte, Roxy Premium Lounge, Shopping Pátio Iporanga e Sesc. A programação foi completamente gratuita.

O tema desta edição, “Cultura faz bem”, refletiu o momento cultural do país e a importância da cultura na construção de uma sociedade mais justa. Assim, o festival ofereceu à população uma gama de filmes que refletem questões contemporâneas, histórias e ligadas à cidadania de diferentes formas, desde a diversidade à superação do ser humano, passando pelas relações amorosas, familiares e entre povos.

Em ordem alfabética, a lista dos filmes exibidos: “A Garota Ocidental” (Brasil, 2013), “A Plebe é Rude” (Brasil, 2016), “A Saga da Alma de um Poeta” (Brasil, 2015), “Além da Estrada” (Uruguai/Brasil, 2011), “Além das Palavras” (Bulgária, 2017), “Âmago” (Brasil, 2016), “Black & White” (Brasil, 2017), “Como Grãos” (Brasil, 2017), “Detetives do Prédio Azul (DPA)” (Brasil, 2017), “Divinas Divas” (Brasil, 2017), “Domésticas – O Filme” (Brasil, 2001), “Gaga, O Amor pela Dança” (Israel, 2017), “Gonzaga – De Pai Pra Filho” (Brasil, 2012), “Headbanger Voice – A História da Rock Brigade” (Brasil, 2017), “Histórias Íntimas” (Brasil, 2013), “Insubstituível” (França, 2017), “Jauja” (Espanha, 2015), “Noitada do Samba – Foco de Resistência” (Brasil, 2010), “Noites Brancas em Sábado de Glória” (Brasil, 2000), “Nunca me Sonharam” (Brasil, 2017), “O Cidadão Ilustre” (Argentina, 2017), “O Filme da Minha Vida” (Brasil, 2017), “Os Bons Parceiros” (Brasil, 2013), “Premê: Quase Lindo” (Brasil, 2015), “Redemoinho” (Brasil, 2017), “Somos Todos Estrangeiros” (Brasil/Síria, 2016), “Território do Brincar” (Brasil, 2015), Virada cinematográfica (3 filmes), “Vitor ou Vitória?” EUA, 1982).

O público teve acesso a filmes premiados, vários que não chegaram aos cinemas de Santos até então e um olhar recente do cinema nacional. Desde uma produção de um santista, como o “Headbanger Voice”, do Wladimyr Cruz, a uma tarde com três filmes brasileiros na Pinacoteca, como o ‘A Saga da Alma de um Poeta’, ‘Redemoinho’ e o inédito aqui ‘Black & White’, premiada no Califórnia Film Awards e que fala sobre o preconceito no Brasil. Ao Arte no Dique foram apresentadas obras como “Divinas Divas”, de Leandra Leal, que recentemente estava nos cinemas, e ‘Premê – Quase Lindo’, dirigido por um santista, Alexandre Sorriso. Propiciando, assim, um intercâmbio de olhares e experiências, promovendo o amor ao cinema. Além de filmes profundos e contundentes de países como França, Síria, Bulgária, Argentina.

 

Homenageados

Visando o resgate histórico e a valorização do nosso cinema, o Santos Film Fest, em 2017, homenageou o ator Luciano Quirino. Na abertura, terça, 17 de outubro, 20h, no Cine Roxy 5, o ator santista e hoje residente no Rio de Janeiro recebeu a homenagem e apresentou o curta-metragem “Os Bons Parceiros”, exibido em Cannes. O festival ainda exibiu filmes em que ele atuou, como “Detetives do Prédio Azul” (18 de outubro, 14h, no Roxy 5), “Gonzaga de Pai pra Filho” e “Domésticas” (respectivamente dias 19 e 20, na Pinacoteca, sempre 15h). A cerimônia de abertura ainda contou com homenagem à locadora Vídeo Paradiso, dirigida por Marcelo Rosendo e Rosana Datoguêa que, desde 1991, apoia praticamente todos os festivais e iniciativas cinematográficas na região, e o concerto “Música Para Cinema”, da Banda Marcial de Cubatão, regida pelo maestro Alexandre Felipe Gomes.

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Na quarta-feira, 18 de outubro, 19h, no Roxy 5, a homenagem foi para a atriz Ondina Clais. Destaque nos palcos, nas telinhas e telonas, a atriz esteve em filmes de destaque recentes como “João, o Maestro” e “O Filme da Minha Vida”, este último com exibição especial no dia, junto ao curta-metragem “Noites Brancas em Sábado de Glória”, primeiro trabalho dela no cinema.

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Encerramento

Para coroar o festival, foram lançados na Baixada o curta-metragem “Como Grãos” e o longa “Somos Todos Estrangeiros”. Em comum, a participação do ator e cineasta Germano Pereira. No primeiro, ele atuou. No segundo, ele dirige. O longa tem produção do crítico de cinema santista Rubens Ewald Filho. Germano e Rubens estavam presentes na sessão.

Convidados

Profissionais experientes marcaram presença no evento. Júlio Lelis veio do Rio de Janeiro para exibir o doc-drama “Histórias Íntimas”, na quarta, 18, 21h30, no Roxy 4. Trabalho que ele dirigiu ao lado de Breno Pessurno e que aborda a história da sexualidade no brasil a partir do  livro best-seller homônimo da escritora/historiador Mary del Priore.

 

O diretor Diego da Costa também apresentou “A Plebe é Rude”, cinebiografia da banda de rock brasiliense, na quinta-feira, 19 de outubro, 19h. Em noite de rock, houve a première nacional de “Headbanger Voice – A História da Rock Brigade”, cinebiografia da famosa revista de rock dirigida pelos santistas Wladimyr Cruz e Marcelo Colmenero, 21h30, no Roxy 4 Pátio Iporanga. Na sexta-feira (20), às 10h, o cineasta Alexandre Sorriso apresentou o filme “Premê –Quase Lindo”, cinebiografia da banda paulistana Premeditando o Breque”, no Instituto Arte no Dique. Após a sessão ele conversou com a plateia.

 

Bate-papos

Entre quarta (18) e sexta (20), aconteceram bate-papos com os artistas que apresentaram seus filmes nas noites anteriores do festival, sempre no Roxy Premium Lounge.

Happy hour cinematográfico

Sempre antes das sessões das 19h no Roxy 5, aconteceu uma apresentação musical no Cine Café, na área externa do cinema. Artistas da região como Cigarra Elétrica (jazz e blues), The Classics (com clássicos de filmes dos anos 60, 70, 80 e 90) fizeram o “esquenta” do público. Já a cantora Carla Mariani se apresentou com sua banda sexta-feira, 20 de outubro, 17h, na Pinacoteca Benedicto Calixto, com repertório de jazz e blues.

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Virada cinematográfica

Com o sucesso de 2016, a virada se repetiu na Cinemateca de Santos, sábado, 21 de outubro, a partir das 23h30. Foram três filmes exibidos em sequência. Os “sobreviventes” tiveram direito a café da manhã no local.

Exposições

Foram quatro nesta edição. “Além da Cor da Pele”, organizada por Lukinha Figueiredo que escreve textos em fotos do ator Luciano Quirino. O lançamento foi quarta, 19 de outubro, 14h30, no Pátio Iporanga.

Pelo segundo ano o Santos Film Fest repetiu a parceria com o artista plástico e cinéfilo Waldemar Lopes. Na sexta-feira, 20, 19h30, no Espaço Cultural da Pinacoteca Benedicto Calixto aconteceu o vernissage da exposição “A Magia do Cinema”. Nela, Waldemar homenageou cenas clássicas da sétima arte em 15 pinturas utilizando diferentes técnicas.

No sábado, 21h, às 16h, no Roxy 4 Pátio Iporanga, ele apresentou o clássico “Vitor ou Victória?”, estrelado por Julie Andrews e que celebrou 35 anos de seu lançamento em 2017. Em seguida, no Shopping Pátio Iporanga, foi a vez da exposição “Julie Andrews: Nossa Bela Dama”, que reuniu itens da coleção de Waldemar em celebração à veterana atriz de 82 anos e que segue em atividade. Pôsteres, DVDs, CDs, fotos e muito mais, como ocorreu no 1º Santos Film Fest, quando Sonia Braga foi homenageada.

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Oficinas formativas

Em parceria com o curso de cinema da Unimonte (atual São Judas Campus Unimonte) o festival ofereceu seis oficinas formativas na sede do centro universitário, entre 18 e 20 de outubro, sempre entre 16h e 18h. E uma oficina de “Introdução ao Audiovisual” no Instituto Arte no Dique. As oficinas passearam entre diferentes áreas do cinema e foram ministradas por alunos dos últimos anos do curso de cinema e professores da Unimonte.

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