6º dia do festival com muito bate-papo, workshop e exibição de filmes

O 6º dia do 5º Santos Film Fest começou com um bate-papo com realizadores e contou com a presença de Hiro Ishikawa (que divide a direção do documentário “A Plebe é Rude”, com Diego da Costa), o estudante de Cinema e Audiovisual, Thomas Aguina (que dirige o curta-metragem, “Projeção”), Lucio Branco (diretor do curta, “NC5 Contra a Lei do Impedimento“), Xavier Plassat, frade dominicano da Comissão Pastoral da Terra (representando o diretor do documentário “Servidão”, Renato Barbieri do qual participa) e o diretor e documentarista Eduardo Rajabally (que apresenta o seu “Um Presente à Prova de Futuro”).

Hiro Ishikawa, que compete na Mostra “Hoje é Dia de Rock, Bebê” com o documentário “A Plebe é Rude” conta como surgiu a ideia do projeto: “… o Diego (da Costa, que divide a direção do filme com Hiro) conheceu o Philippe Seabra (guitarrista da banda Plebe Rude) que estava na divulgação do filme “Rock Brasília” e, numa conversa, veio a ideia de fazer o filme, porque, embora esse outro filme abarcasse todas as bandas, não captava as peculiaridades da Plebe Rude. Uma delas é o fato deles terem feito um filme sobre a banda, criaram uma história imaginária com os integrantes e esse material também foi usado em nosso filme…”.

Thomas Aguina, que concorre na Mostra Regional da Baixada Santista com o curta-metragem, “Projeção”, relata quais suas influencias cinematográficas para a concepção do filme: “Começou com uma ideia que eu tive de falar do poder da imagem nas nossas vidas. Especificamente na minha vida, como eu sou, muito fixado em tudo, né? Que envolve imagem, cinema, computador… E eu queria falar disso de uma forma influenciada muito por diretores e diretoras que eu admiro, né? Quem viu o filme fica bem claro que tem umas influencias… dos filmes do Alfred Hitchcock como “Janela Indiscreta”, “Um Tiro na Noite”, do Brian De Palma. Eu queria emular essa estética mais operática deles, mais estilosa, com enfoque na atmosfera. Eu acho que esse foi o principal motivo de ter feito esse filme: esse exercício em atmosfera”.

Lucio Branco explica sobre a estrutura narrativa de seu trabalho, “NC5 Contra a Lei do Impedimento” [Mostra Competitiva de Curtas]: “… É um monólogo reflexivo, tem uma estrutura narrativa, onde o Nei Conceição desfila vários aforismos, vários axiomas dele e que ele aborda, de uma forma geral, a expressão da filosofia de vida dele. Essa é a estrutura narrativa do filme”.

Xavier Plassat fala sobre a importância do longa “Servidão” (Mostra Competitiva de Longas), que trata da escravidão contemporânea: “Você não sai desse “Servidão” intacto. Você vai ficar impactado. A sua humanidade vai ficar desestabilizada. Como é possível uma pessoa, um ser humano, seja ao longo dos anos, dos séculos e até hoje tratado como coisa?…”

Eduardo Rajabally rodou seu “Um Presente à Prova de Futuro” (Mostra Competitiva de Longas) no Brasil e na Holanda, país extremamente evoluído na economia circular (tema abordado em seu documentário): “O filme é sobre economia circular, um tema que eu não conhecia e quando a gente entra em um documentário, a gente vai estudar, vai descobrir o que temos que falar e qual a melhor maneira de abordar o assunto”, explica Rajabally. “Economia circular é uma proposta diferente de lidar com as questões do mundo moderno, através de uma linguagem econômica. Enquanto até tempos atrás, a gente falava de sustentabilidade e sempre havia um apelo para o bom senso da humanidade: não consuma, não jogue fora, não desperdice. E é muito difícil as pessoas mudarem os seus hábitos”, finaliza o diretor.

Após o bate-papo com os realizadores aconteceu o workshop “Criação e Pesquisa para Documentários”, com Angela Zoé, Rita Marques e Marcos Souza.

Os filmes exibidos no 6º dia do festival foram: “O Buscador” e “O Samba é Primo do Jazz” (ambos sendo reexibidos e participando da Mostra Competitiva de Longas), “SP – Crônicas de uma Cidade Real” (Retrospectiva Elder Fraga) e “Lembro Mais dos Corvos” (Retrospectiva Julia Katharine).

O filme “Como Vivem os Bravos” (Mostra Competitiva de Longas) passou por problemas técnicos na data que seria exibido (30/09) e nesse 6º dia de festival ele acabou sendo reexibido.

Publicidade

Um comentário em “6º dia do festival com muito bate-papo, workshop e exibição de filmes

Adicione o seu

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

Site criado com WordPress.com.

Acima ↑

%d blogueiros gostam disto: